Billboard: O que nós queremos (e não queremos) ouvir no novo álbum do Paramore
Por em 16 de julho de 2016

A redação da Billboard fez uma matéria com uma breve análise da última era da banda e expectativas para o próximo álbum. Confira traduzido abaixo:

O jogo pop é produzido para a estrela solo, porém ainda precisamos do Paramore para nos ensinar como se dar bem.

O último álbum do Paramore foi lançado em abril de 2013 – um álbum homônimo, com 17 faixas feitas após a saída de alguns membros da banda. Hoje em dia, a banda se encontra na mesma situação.

A líder Hayley Williams, o guitarrista Taylor York e colaboradores estão em estúdio trabalhando no quinto álbum do Paramore, sucessor do álbum anterior em que a banda venceu como maior hit no Hot 100. Em março deste ano, a notícia de que o baixista Jeremy Davis (que deixou a banda três meses antes) não estava apenas se separando do grupo, mas também envolvido em uma disputa legal com o Paramore. “Paramore” chegou após a saída de sócios fundadores Josh e Zac Farro , mas espera – o Zac está de volta para um novo recomeço?

“O ano passado foi um ano que, para mim, nunca mais quero viver.”

Isso foi Williams no palco do PARAHOY!, a apresentação mais recente da banda até agora. Alcançando vitórias com o registro do álbum autointitulado, na sequência da disputa Farro parecia ser uma resolução para a crise da meia-idade do Paramore; em vez disso, aqui vamos nós de novo – Davis deixou a banda por conta da insatisfação com seu salário (Williams é o único membro registrado com o selo do Paramore na Atlantic Records). Mas o que é que eles dizem sobre fechar portas e janelas que se abrem? Williams e York estavam andando com Zac Farro ultimamente, e que não há absolutamente nenhuma confirmação de que o antigo baterista está gravando, essas coisas são geralmente compartilhadas em redes sociais oficiais da banda por alguma razão.

A razão pode estar apenas mostrando algumas comidas chinesas, então teremos que esperar pra ver. O superastro Ilan Rubin tocou bateria com o Paramore e apesar de que Aaron Gillespie da banda Underoath foi baterista ao vivo por vários anos, ele esclareceu que é apenas um trabalho ao vivo. Se Zac está de volta com Paramore de alguma forma, é uma grande reviravolta de quando os Farros saíram, com Josh chamando a banda de um “produto fabricado de uma grande gravadora” em 2010. Digno de nota: o guitarrista disse para a Billboard no último novembro que “tudo está bem” com seus antigos companheiros de banda, seguindo um processo de cura que teve um tempo significativo. E enquanto estamos no assunto com rostos familiares, o rapaz de cabelos compridos é Justin Meldal-Johnsen; ele co-produziu o “Paramore” ao lado do York.

O Paramore evoluiu mas nunca realmente se reinventou. Agora, com três anos de idade, o “Paramore” ainda se prende como o álbum mais forte da banda, e não é por causa dos singles. Os refrões de “Still Into You” e “Now” ficam presos n cabeça, mas não é nada que Paramore já não tenha aperfeiçoado. As últimas grandiosidades do álbum são “Part II”, se lançando em um solo glacial quando você acha que a música já acabou, e os dois minutos luminosos que “Last Hope” gasta com sintetizadores de guitarra bem antes do primeiro refrão, a simplicidade de ouvir Williams cantando sobre beber café e ler jornal enquanto arranha um ukulele. Cada música -cada música de estúdio- que o Paramore lançou antes do álbum foi registrado entre três e quatro minutos e meio. Bom do jeito que era, Paramore era uma banda que precisava se soltar, e o álbum de 17 músicas com três interlúdios de ukulele e um falso final de 8 minutos era exatamente o que eles precisavam.

Com isso sendo dito, muito mudou no Paramore nos últimos anos que não precisamos citar. De volta a seu último hit, “Ain’t it Fun” – não tem exatamente os riffs de guitarra enlouquecidos que suas músicas mais famosas possuem, com seu xilofone brincalhão – teve a participação de um coral gospel. Olhe no Top 40 e em rádios alternativas – os dois formatos que mais apoiaram o Paramore – e você verá isso como parte de algo maior. O alternativo (e o alternativo que consegue adentrar no convencional) se apoia menos e menos em guitarras e mais em teclas, sintetizadores, grupos cânticos e batidas folks acústicas. Você pode provavelmente encontrar espaço pra xilofones e corais nesse espectro também. Mas, diferentemente do comum, o Paramore tem uma década de poder permanente. Eles ainda são um dos poucos artistas que conseguem colocar uma música de rock para animar plateias como “Still Into You” e “Misery Business” dentro do Top 40. Não precisa ser sobre se prender a tradição ou ser considerado “roqueiro”; Paramore é uma das poucas bandas que conseguem injetar pop nesse tipo de variedade.

O álbum autointitulado abriu com uma dessas músicas para animar plateias. Bem no início de “Fast In My Car”, Williams proclama que ela e dois amigos –Davis e York– “passaram por momentos difíceis algumas vezes” mas voltaram mais fortes e sábios. O trio acabou diminuindo para dois, e os fãs de Paramore novamente irão buscar em Williams uma fonte de solidez. Ela seria esperta ao falar abertamente sobre o ano turbulento, especialmente nas letras com a mesma dureza que seus registros antigos sobre beber café e ler jornal. Desde a saída de Jeremy os fãs de Paramore ficaram ávidos para apontar que, mesmo como um duo, eles ainda são uma banda; e a luta de Williams para manter a família unida é algo que várias pessoas poderiam tirar algum aprendizado. A guerra do pop é construída para um artista solo, mas nós ainda precisamos que o Paramore nos ensine como chegar lá.

Tradução e adaptação: equipe do Paramore BR
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