Rolling Stone: Hayley sobre o sucesso de “Ain’t It Fun” e o novo disco do Paramore
Por em 8 de julho de 2014

Hayley falou para a Rolling Stone sobre a amizade com Jeremy e Taylor, o sucesso de “Ain’t It Fun”, a Monumentour e como ela odeia perguntas sobre o cabelo. Olha só:

Faz mais de um ano que o Paramore lançou seu quarto álbum de estúdio, um longo e extremamente ambicioso musicalmente, que foi tanto um “retorno” (seu primeiro disco como um trio), quanto um risco: Não tivemos muitas gravadoras grandes de bandas de rock que lançaram um trabalho com 17 faixas, com mais de uma hora de duração (incluindo “interlúdios”, orquestras e corais) no ano de 2013.

Mesmo assim, Paramore se tornou um sucesso gradativo, foi o primeiro CD da banda a conseguir singles com certificado de vendas platina com “Still Into You” e “Ain’t It Fun”, que se tornou um hit esmagador, fixo no chart das Rock Songs da Billboard e Top 40 nas Adult Songs, tudo isso sem falar do Hot 100. Seis meses após o lançamento, “Fun” além de se tornar a última música dos shows da banda, pode virar a música do verão. Seu sucesso deu vida a uma banda que, há menos de quatro anos atrás, estava à beira de um colapso.

Na verdade, depois de uma década de carreira, Paramore parece estar trabalhando no seu lado comercial e críticp. Entre as datas de seu turnê com o Fall Out Boy (apropriadamente nomeada de “Monumentour”) Hayley Williams falou com a Rolling Stone sobre desafios, “cuspir” o maior single da banda e o por que ela odeia perguntas sobre o cabelo.

Durante a última década, vocês vivenciaram sucesso, mas nada comparado ao que aconteceu com esse ano. É o momento do Paramore?
Com certeza. Sem dúvidas. Continuamos aprendendo a ser uma banda, profissionalmente e como amigos. É um processo constante de aprendizado. Gravamos um disco do qual temos muito orgulho, seu sucesso até agora é muito mais do que a gente esperava quando estávamos no estúdio. É realmente satisfatório, obviamente, mas no lado pessoal, sinto que nossa amizade está mais profunda e se torna a cada dia mais importante e vital.

“Ain’t It Fun” já é hino. Quando escreveram, tinha noção que ia se tornar gigante?
Demoramos tanto pra terminar esse álbum que nem sabíamos o que estava rolando no mundo da música naquela época. É sobre o momento que a gente estava vivendo, o que nos inspirava e o que nos empolgava em estar numa banda, é esquisito essas mesmas músicas serem as nossas de maior sucesso. Algumas são as mais pop que já escrevemos… “Ain’t It Fun” foi como um “vômito”; simplesmente saiu, e agora todos estão cantando, está na rádio, é muito legal. Acho que isso não acontece mais de uma vez na sua carreira. É a primeira vez que vivenciamos isso e sou muito grata.

Teve tempo para realmente apreciar isso?
Todos tivemos. Esse ano foi surpreendentemente calmo, especialmente considerando o sucesso dessa música. Fizemos uma turnê no começo do ano, fizemos um cruzeiro e agora a Monumentour. Só fizemos isso. Ficamos bastante em casa, foi muito gostoso; vida real é muito diferente da que vivemos no ônibus. Hoje, prefiro ficar na sacada sentada com a minha família. Agora entendo, mais do que nunca, como envelheci desde que tudo começou.

Vocês nunca foram tão grande e, mesmo assim, de muitas maneiras, todo seu sucesso parece muito original. Tem sido difícil conseguir fazer as coisas do jeito que vocês querem?
Sabemos quando algo está ruim. Somos muito próximos na estrada, conseguimos ser honestos um com o outro e falar se alguma coisa não está certa ou não parece verdadeira. Coisas como aquele desfile de moda que fizemos com nossa equipe, isso é o que nos faz aproveitar cada segundo, para que não fique uma coisa fabricada. Isso é o mais importante. Tipo em 2005, quando respondíamos nossos fãs no MySpace, era real pra nós, é assim que guiamos nossos passos.

Você já negou propostas que não eram “corretas”?
No começo, recusei muita coisa; quando fiz 18 anos, a revista Maxim veio até mim. Depois dessa, houveram muitas coisas ridículas assim, e também oportunidades legais que, naquele tempo, não pareciam boas. Florescemos como pessoas e ao mesmo tempo, como banda. Isso de saber o que é certo, acho que está dentro de nós, o que o Paramore é em sua essência, mas um pouco disso, você aprende sozinho. Não tenho muita coragem de sair sozinha e fazer as coisas sozinha, os rapazes também não. Coisas como o Teen Choice Awards, antigamente pensaríamos “Oh, não queremos tocar numa premiação de adolescentes” e nós éramos adolescentes na época! Talvez faria mais sentido lá atrás. [Risos]

No passado, você era acusada de ser o centro das atenções da banda. Isso ainda é um problema?
Sabe, depende. Às vezes, em chamadas de TV, entrevistas, conversamos muitos e eles fazem você pensar que está tudo muit natural, você até gosta das perguntas e no final, eles editam tudo e deixam só você falando sobre seu cabelo. Isso me deixa desconfortável.

Tem uma entrevista recente que você deu à Nightline que com certeza foi sobre seu cabelo…
É bem disso que estou falando…

Ao mesmo tempo, você participou de “Stay The Night” com Zedd e virou platina. O que está por vir, outro álbum do Paramore ou mais trabalhos solos pra você?
Queremos escrever outro disco. Taylor está sempre compondo, Jeremy também. Estou naquela fase de escrever em meu diário e normalmente demora um ou dois meses pra eu gostar do que estou escrevendo. É sempre assim. Então o álbum vai começar assim que nos juntarmos pra escrever mesmo e pensarmos “Sim, isso está demais!”. Nunca terminamos uma música que não gostamos, temos algumas pela metade que pensamos “Quer saber? Melhor não”. Estamos esperando aquele “click” e então a gente começa. Mas o barco já está andando.Com relação aos meus trabalhos solo, sempre vou julgar pela minha intuição. Uma música como “Stay The Night” é inegável, mas tem que ser correto.

Você é líder dessa banda há uma década. Ficou mais fácil ou difícil com o passar do tempo?
Ainda me surpreendo por me sentir desconfortável depois de 10 anos. É engraçado quando me sinto isolada ou quando estão todos olhando pra mim. No palco, a música me deixa confortável. Mas ser a líder não é fácil, é algo que me orgulho de estar melhorado; fazendo uma boa apresentação, cantando bem e me comunicando com a plateia – isso é o que me deixa mais nervosa, tipo “O que será que eu digo que eles acham tão legal?” e também é um desafio fazer o lugar parecer pequeno para ter aquela ligação com os fãs. Taylor e Jeremy também. Essa é a nossa missão.

Fonte.

Tradução e adaptação: Equipe do Paramore BR.

 

Categorias: #Notícias