Shana Bergmann da Pop Entertainment entrevistou Hayley pelo telefone. Elas falaram sobre a MONUMENTOUR, quais itens Hayley leva com ela em tour, o processo de criação do Paramore, a possibilidade de um novo álbum e mais! Leia a entrevista traduzida abaixo:
Eu queria te dar os parabéns por “Ain’t It Fun” ser o maior hit de vocês, e eu estava imaginando se, depois de todo esse tempo, você ficou surpresa que essa música seria aquela que faria a banda grande.
Hayley: Obrigada. Sim, deve ser sempre uma surpresa, eu acho. Eu não acho que você deveria apenas presumir que um single será o seu maior hit ou que será um sucesso. Mas esse, de longe, chocou todos nós. Tem sido tão divertido. Nós damos todos os créditos ao Jeremy. É a nossa primeira música do Paramore com um baixo suave. Estávamos pensando que tem alguma coisa a ver com isso. Mas você realmente tem que dar crédito ao fato de que essa foi uma música em que nós realmente tomamos um grande risco. Nós estávamos muito animados com ela e foi muito divertido e houve tanta paixão, e eu acho – eu espero – que se possa escutar isso. Isso, e a mensagem, eu espero, é sarcástica, mas também inspiradora o suficiente para as pessoas mais jovens que podem estar entrando sozinhos no mundo pela primeira vez. Eu sei que ela realmente me ajudou a passar por uma fase transitória na minha vida, então talvez ela possa conectar com as pessoas nesse sentido, também.
Tenho certeza que está ansiosa para tocar ela em tour…
Hayley: Ah sim. Ela é, de longe, nesse momento, minha música favorita de tocar. Digo, não só por ser a música que as pessoas definitivamente conhecem se eles já não conhecem todas as músicas. É o tipo de música que eu sempre quis cantar no Paramore. Eu cresci escutando muito R&B, pop e soul. Foi meio que legal que nós fomos capazes de escrever uma música que infunde um pouco dessa energia dentro do que fazemos como uma banda.
O que podemos esperar da tour, e como vai ser a set list?
Hayley: Nós escrevemos a set list uns dias atrás enquanto estávamos fazendo um show em Bahamasm e eu estou muito animada com ela. Nós e o Fall Out Boy vamos ambos tocar a mesma quantidade de tempo. É meio maluco quando você chega em um lugar onde você terá que encaixar várias músicas em uma certa quantidade de minutos e você fica pensando, “Antes de tudo, como que vamos tocar todos os singles? Como vamos tocar todas as músicas que agradam os nossos fãs mais antigos?” Mas estou muito animada com o que nós criamos. Sinto que será realmente explosivo. Eu acho que vai ser muito animante para qualquer fã de Paramore que possa estar no show. Sinto que esperançosamente nós vamos fazer todos eles felizes. Estou muito animada, é uma coisa difícil de fazer. Eu agonizo por set lists toda tour.
Qual foi o processo que vocês passaram para descobrir o que viria depois musicalmente?
Hayley: Foi definitivamente um processo longo para nós. Uma vez que estávamos na falta de dois membros, nós tivemos que passar por um processo emocional, que incluiu dor, e raiva, e desnorteamento; todas essas emoções malucas que tivemos que conviver por um tempo. Nós estávamos, ao mesmo tempo, percebendo que nós queríamos sim ainda fazer música. Isso não mudou os nossos sentimentos pelo Paramore. Que sozinhos, antes que nós pudéssemos até escrever música, isso tomou um tempo. Nos tomou um esforço realmente corajoso para conhecer um ao outro novamente como pessoas. Então Jeremy, Taylor e eu íamos nos encontrar – normalmente na casa do Jeremy, porque ele vivia fora do país e nós íamos apenas meio que assistir vários filmes, ou cozinhar algo, ou qualquer coisa. Foi importante essas coisas acontecerem antes de irmos para o estúdio. Então, uma vez que fizemos tudo isso – vivemos a vida juntos como amigos, fizemos algumas tours juntos – era a hora de fazer um álbum. Que também, tomou um tempo muito longo. Tomou passos de bebê. Eu me lembro indo para a casa do Taylor, onde ele tem um pequeno estúdio. Algumas vezes onde não havia eletricidade. Houve algumas vezes em que saíamos nos sentindo muito desencorajados. Não estava lá. E aí, aconteceu. Uma vez que a primeira música saiu, foi a faísca que precisávamos. Elas continuaram saindo. Foi tão importante para nós continuarmos encorajando um ao outro e sentir aquele calor que sentimos dez anos atrás quando começamos a fazer música. O processo inteiro de criar música, e criar um álbum, e gravando ele, foi realmente apenas um processo de descoberta. Nós não estabelecemos fazer um estilo específico de álbum. Nós não tínhamos um conceito em nossas cabeças. Foi só, “Vamos apenas ser o que quer que sejamos”. Seja qual música surgir, se você ama ela então quem disse que ela não pode ir para o álbum e quem disse que ela não se encaixa? Fizemos as regras dessa vez e foi uma coisa ótima e liberadora para nós sentirmos. Eu diria que definitivamente foi o maior tempo que gastamos para fazer qualquer coisa como uma banda. Nós realmente tivemos que nos tornar o Paramore, tudo de novo. Nesse ponto, agora, olhando para trás, eu não acho que poderia ter acontecido de nenhum outro jeito.
Você sente que vocês redefiniram o que a banda é, musicalmente? Você sente que é uma banda diferente em algum aspecto?
Hayley: Sim, eu na verdade sinto que nós nos redefinimos em um sentido que não tem uma estreita de um caminho. Nós ampliamos nossos horizontes um pouco; Nós passamos por qualquer sentimento que estava lá antes. Nós descobrimos que não precisamos conhecer a expectativa de ninguém. Nós sempre temos que ser bons, e nós sempre precisamos ser melhores do que éramos da última vez, mas o Paramore é o Jeremy, o Taylor e a Hayley. É seja lá o que somos naquele dado momento. Ano que vem se nós lançarmos um álbum, ou fazermos um álbum que é só músicas pop, ou só músicas pesadas, ou funk rock, como “Ain’t It Fun”; Eu só acho que não há mais regras. Antes desse álbum, nós sempre nos colocávamos em uma caixa. Nós sempre tínhamos que viver de acordo com as expectativas que sentíamos que importavam. Tem sido muito liberador. Eu nunca poderia fazer um álbum dentro das mesmas restrições que nós podemos ter colocado em nós mesmos antes de fazermos o Paramore.
Parece que você está se preparando para carregar a tocha para os ícones femininos do pop-rock como Cyndi Lauper, Joan Jett. Você sente alguma conexão com esses ícones femininos? Quem é uma inspiração para você? O que essas pessoas significam para você?
Hayley: Sim. Primeiramente, eu me sinto super honrada por você dizer isso e até me colocar na mesma frase que essas mulheres, porque elas são maravilhosas. Quando eu era mais jovem e nós estávamos nos preparando para lançar o Riot!, eu pintei meu cabelo de vermelho e amarelo e pensei, “Eu nunca vi alguém fazer isso antes. Aqui estou eu” O que é estranho, é que eu totalmente sabia quem Cyndi Lauper era, mas naquela época, anos depois, eu estou olhando para fotos e alguém posta uma minha do clipe de “Misery Business” do lado de uma foto dela onde ela estava literalmente com o mesmo cabelo. Eu sinto uma grande conexão com Cyndi Lauper e eu nunca nem conheci ela. Eu ouvi falar que ela me convidou para um show em que ela vai tocar e meu coração parou. Joan Jett, também. Eu tive a chance de conhecer Joan Jett – nos conhecemos na Warped Tour em 2006 – e eu beijei ela na bochecha. Eu amo tanto ela. Eu acho que ela é tão forte e ela realmente pavimentou o caminho para alguém como eu conseguir ir para a Warped Tour, e ser feroz, e ser orgulhosa disso. Eu apenas amo o fato que alguém possa possivelmente pensar enquanto cresce como uma artista como uma delas. Eu acho que elas são maravilhosas, e há uma razão para as pessoas ainda dizerem o nome delas hoje. Eu apenas espero que eu possa ser tão colorida quando Cyndi na minha vida.
Você tenta transmitir alguma coisa para as mulheres jovens? Especialmente quando você está escrevendo músicas, ou só com sua presença de palco. Você pensa sobre essas coisas?
Hayley: Eu realmente nunca pensei em mim mesma como qualquer gênero específico quando eu estou no palco. Há definitivamente dias que eu me sinto 100% confortável sendo uma mulher, e eu amo isso. Mas aí quando eu estou no palco, nem sempre sinto que sou boa para uma garota, ou uma das únicas garotas. Você sabe o que quero dizer? Eu não penso em gênero de maneira nenhuma. Eu não sinto que as pessoas deveriam; especialmente garotas mais jovens que estão querendo estar em uma banda. Não é sobre ser uma boa garota-líder de banda. Eu acho que você deveria tentar ser uma boa banda. Há um poder em ser mulher. Acho que nós temos uma introspecção incrível, e um ponto de vista incrível para se falar. Mas eu acho que os melhores elogios que eu ganho são sobre mim sendo uma ótima cantora ou uma grande artista, à parte de eu ser ou não uma garota.
Para a vida em tour, existe 3 itens que você leva consigo em tour que simplesmente não consegue viver sem?
Hayley: Vejamos. Tours de verão, como a que estamos nos preparando para começar, eu tenho que pegar muitos protetores solar porque eu sou a pessoa mais pálida na face do planeta. Essa é uma coisa, mas é tipo uma coisa diária. Enfim, eu levo isso na minha mochila. Eu levo velas. Normalmente, se eu posso levar algum tipo de vela de casa, o cheiro dela no nosso camarim meio que me lembra daquele sentimento e me ajuda a relaxar. Eu também não gosto de luzes brilhantes, então qualquer hora eu posso apenas apagar as luzes e acender uma vela, é legal. Além disso, minhas vitaminas. Eu sempre levo um liquidificador para podermos fazer smoothies, sucos verdes e essas coisas.
Continuando no tema da última pergunta, quais coisas que você faz na estrada para continuar sã e energética?
Hayley: A melhor coisa é apenas ter amigos por perto. O fato da banda ter crescido junta, e que nós nos damos bem, é uma grande ajuda. Nós definitivamente temos sido uma banda que, no passado, não interagíamos todos, e mais estranho, éramos uma banda maior. Éramos uma banda de 5 membros e era muito mais solitário. Então, o fato de que agora as coisas estão muito mais pacíficas, somos capazes de apenas ser amigos um do outro. As folgas são cruciais. Muitas vezes, em folgas, eu gosto de apenas ir ao cinema. Ou nós saímos em um jantar de família com a banda e equipe. É tudo sobre se juntar e ter certeza de que estou conectada com as pessoas ao meu redor.
Como que é se preparar para uma oportunidade tão grande, especialmente com uma banda como o Fall Out Boy?
Hayley: A tour inteira é muito, para mim, algo esperado por muito tempo, porque nossas bandas realmente cresceram no mesmo cenário. Compartilhamos muitos dos mesmos fãs, e nós ainda existimos separadamente com duas fã bases individuais, mas o que cai entre nós, vai ser perfeito. Nós seremos capazes de celebrar de onde viemos, onde vamos, e é incrível. A Honda Civic Tour foi um grande marco para a nossa banda. Atingimos tantas cidades, e foi muito animante. Somos uma banda que nunca gosta de voltar os passos. Gostamos de fazer tour em teatros, e gostamos de fazer coisas minimizadas e coisas desse tipo só para nos reconectarmos com as pessoas, mas quando fizemos a Self Titled Tour no último outono, estamos tipo, “Sim.” Foi a primeira tour que realmente tivemos desde a Honda Civic Tour. Agora, ser capaz de ultrapassar esses sentimentos é incrível. Eu mal posso esperar para ver quanta celebração haverá entre os fãs do Paramore e os fãs do Fall Out Boy, de ter assistido nossas bandas surgirem do nada. Isso, para mim, é a coisa mais animadora.
Desde que ambos passaram pela indústria juntos, e tiveram meio que se movendo ao lado do outro, você acha que isso vai ser uma competição? O tempo de set de vocês vai ser idêntico, então você acha que vai acontecer algo como tentativa de roubo do show do outro?
Hayley: Para mim, qualquer competição é uma competição amigável. Eu só me sinto animada por isso. Eu realmente não penso nisso. Para nós, nós só temos que colocar o melhor show de todos do Paramore. Cada tour pensamos nisso. Sendo uma tour de parceria entre as bandas principais, ou sendo a banda principal, ou tocar em um festival, tudo tem a ver com a última melhor coisa que fizemos.
Há alguma conversa sobre outro álbum? Se não, o que vem depois?
Hayley: Bem, há escrita acontecendo. Eu digo isso. Com o Paramore, para nós, nunca se sabe. Poderíamos conseguir cinco músicas e dizer, “Sabe de uma coisa? Essas músicas não são boas o suficiente.” e voltar e fazer elas melhores, ou escrever um set inteiro de novas músicas. Mas eu direi isso: esse álbum que estamos trabalhando agora, uma vez que começarmos a finalizar e criar demos que amamos, apenas começou a aparecer, surgir. Nós não atingimos um lugar incrível ainda, onde nos sentimos muito confortáveis. Eu sei que Taylor está escrevendo todos os dias. Isso é meio que o hobbie dele em casa de qualquer maneira. Ele realmente nunca para de fazer música. Apenas estamos nos divertindo com isso. É maluco estar em um ponto onde nós temos dois singles que se saíram bem, e um álbum que todo mundo parece estar animado. Isso nos faz sentir incríveis.
Tradução e adaptação: Equipe do Paramore BR.
