The Music entrevista Taylor York
Por em 10 de janeiro de 2014

De volta à Austrália, Taylor York cedeu uma entrevista ao portal The Music, onde falou sobre a saída dos irmãos Farro, o novo álbum e seu sucesso. Confira a tradução:

Olhando para o Paramore agora, é difícil de acreditar que há apenas um ano e mais um pouco atrás, a ex-formação de cinco pedaços (agora três) foi atormentada com a incerteza em relação ao futuro da banda. A partida de Josh Farro (ex-guitarrista e backing vocal) e Zac Farro (ex-baterista) deixou a banda com a “roupa suja” onde cada membro restante questionou seu próprio compromisso com a banda. Juntos, eles construiram uma maior conexão com seus fãs – a preocupação da partida dos irmãos Farro deixou Hayley Williams, Jeremy Davis e Taylor York com a dúvida se eles poderiam ou não continuar com o Paramore sozinhos.
O guitarrista Taylor York tinha particularmente uma forte ligação com os irmãos, na qual fez esse acontecimento ser tão difícil para ele – eles eram inseparáveis. “Eu estava confuso quando eles saíram. Eu cresci com eles e eu não tinha certeza de como isso iria funcionar sem eles.” Hayley havia mencionado em inúmeras entrevistas que ela ficou realmente ficou tão preocupada depois que os irmãos decidiram sair, que achou que Taylor os seguiria. Durante a confusão de Taylor, no entanto, o guitarrista sentiu que ainda havia muitas promessas em relação às “roupas sujas”, mesmo que as coisas parecessem sombrias.
“Quando isso desabou, foi difícil para mim tomar uma decisão. Eu não estava pronto. Eu me quebrei e comecei a chorar uma hora, e eu soube que eu não estava ‘feito’ e que eu amava tanto estar numa banda com Jeremy e Hayley. Eu ainda tinha muita coisa pra fazer com a banda, então eu apenas olhei para frente e fiz o que tive que fazer.” A decisão de Taylor para continuar sendo parte da “roupa”, embora não imediata ou fácil, foi a que ele mais se sentiu positivo em relação – tanto durante quanto depois. Demorou um pouco para que o Paramore voltasse a pôr os pés no chão, mas assim que o fizeram, eles se depararam com um grande sucesso de fãs e críticos. Seu lançamento do álbum auto-intitulado foi uma mudança formidável, que poderia facilmente ser declarada como a melhor.
Em apenas uma semana de lançamento, foi acumulada 1,25 milhões de streams com 106.422 exemplares vendidos nos EUA, ganhando o merecido #1 no Australian Music Charts, bem como entrou no Top 200 Albums Charts da Billboard. Mesmo para uma banda acostumada com o sucesso, as novidades foram recebidas com espanto. “Eu acho que nós estávamos definitivamente surpresos de uma forma boa. Não que duvidávamos de nós mesmos, mas eu acho que foi uma surpresa agradável quando o álbum veio com isso, assim como nós o fizemos e conseguimos voltar mais fortes do que antes. Eu estava tão orgulhoso do nosso álbum e os shows que estamos tocando.”
A decisão para o mais recente álbum compartilhar o mesmo nome da banda “foi como uma declaração”, Taylor explica. “Muitas bandas fazem isso em seu primeiro álbum e a declaração é ‘aqui estamos nós, essa é a introdução da nossa banda’, e eu acho que nós só queríamos nos reintroduzir.” A decisão, segundo ele, fez todo o sentido. Todo o seu som foi sujeito a uma mudança bastante significativa, como o resultado dos eventos após o breve hiato, mas de acordo com Taylor, a decisão de avançar nessa direção não era inteiramente consciente.
“Acho que no início do processo de escrita, percebemos que nossos fãs naquela época estava conectada com um certo tipo de som e em como ele era feito, por isso tentamos escrever mais ou menos como ele poderia ter sido no Brand New Eyes ou Riot! – nós meio que nos aderimos a estas formas de fazer as coisas. Nós amamos todos aqueles álbuns, mas não queríamos mais fazer aquilo. Nós precisávamos crescer e tínhamos novas coisas para dizer.” Taylor explica que suas ideias para o novo material durante a fase do projeto sendo bastante derivada de seu trabalho anterior, sugestões que foram recebidas com insatisfação por Hayley. Não é à toa que a banda começou a se aventurar fora de sua zona de conforto para que as coisas tomassem o rumo certo. “O jeito que tudo veio foi realmente estranho mas, ao mesmo tempo, foi orgânico e natural. Eu acho que meio que estávamos em algo à mercê de nós porque nada assim fora feito antes.”

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